Gestantes e a alimentação
A Decisão de ter um filho é uma das mais importantes na vida de qualquer mulher. É decidir “ter o coração, para sempre, andando fora do corpo”. Junto com essa decisão, vem a consciência de que a gestação traz consigo quatro objetivos que devem ser levado muito a sério e alcançados pela nova mamãe.
Os objetivos da gestação são quatro:
- A saúde da mulher
- A saúde do concepto
- O bem estar materno para possibilitar a nutrição do recém-nascido
- A proteção contra desenvolvimento de doenças crônicas durante a vida adulta
No ciclo da vida humana, provavelmente a gestação represente o momento fisiológico mais crucial pois as necessidades nutricionais são elevadas, decorrentes dos ajustes fisiológicos da gestante e das demandas de nutrientes para o crescimento fetal.
O Início de uma nova Vida
Nenhuma invenção do ser humano por mais completa e evoluída que seja chega aos pés da magia que é o encontro de duas células num ambiente propício a formar um novo ser…
Neste momento o organismo inicia profundas modificações morfológicas e fisiológicas de modo a garantir que esta nova vida que se inicia possua todos os recursos para um bom desenvolvimento.
A gestação é a principal função biológica da mulher. A perpetuação da espécie humana depende deste processo. O organismo feminino foi naturalmente desenvolvido para dar origem à outra vida. Naturalmente o organismo criou condições orgânicas mínimas para poder dar início a uma vida, garantindo a segurança da mãe (autopreservação) e garantindo também que esta nova vida possa se desenvolver com saúde. A gestação inicia a partir da fecundação do óvulo feminino pelo espermatozoide masculino. Neste momento o organismo inicia profundas modificações morfológicas e fisiológicas de modo a garantir que esta nova vida que se inicia possua todos os recursos para um bom desenvolvimento. É natural que estas modificações requeiram uma maior demanda de nutrientes, principalmente de micronutrientes vitais para que as reações bioquímicas aconteçam a contento.
O estado nutricional na gravidez
O estado nutricional antes e durante a gravidez é critico tanto para mãe como quanto para o bebê, determinando bem-estar e qualidade de vida a ambos, assim como a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, podendo influenciar, inclusive, na capacidade reprodutiva da mulher para outras gerações. O período gestacional e caracterizado por inúmeras alterações orgânicas, com repercussões funcionais, metabólicas, físicas, emocionais, comportamentais e alimentares. Todas estas alterações são extremamente necessárias para que o organismo da gestante consiga regular sua atividade, garantindo um adequado resultado gestacional.
A gestação é uma das etapas da vida da mulher de maior vulnerabilidade nutricional
As mudanças dessa fase ocorrem para atender as necessidades da gestação e também para preparar para o trabalho de parto e o período de lactação. A gestação é uma das etapas da vida da mulher de maior vulnerabilidade nutricional, estando portanto, mais sujeita a intercorrências decorrentes da má alimentação e nutrição, principalmente por ocorrer em um momento em que o organismo está em intenso anabolismo, o que determina expressivo aumento das necessidade nutricionais. Os desequilíbrios nutricionais e, por consequência funcional, causados pela má alimentação atual, podem causar danos no desenvolvimento do feto e qualidade de vida da futura criança e até mesmo de suas próximas gerações. Como já comprovado, em recentes publicações pela OMS, os filhos já tem expectativa de vida menor que a dos pais.
O início da nutrição intrauterina
Quando as células Trofoblásticas invadem o endométrio, elas passam a digerir e absorver os nutrientes armazenados nas grandes células endometriais, denominadas células deciduais, e esses nutrientes são utilizados pelo embrião, para seu desenvolvimento. Durante a primeira semana após a implantação, esse é o único meio qual o embrião pode obter algum nutriente e, através desse mecanismo, ele continua obter boa parte de sua nutrição por até oito semanas, embora a placenta também comece a fornecer nutrientes a partir do 16º dia, aproximadamente, após a fertilização (pouco mais de 1 semana após a implantação).
A placenta
A gestação é um momento tão importante para o organismo da mulher que um novo órgão é formado com finalidade específica de garantir o desenvolvimento do embrião. A placenta é um órgão altamente metabólico que tem como funções: nutrir, respirar, proteger, excretar e produzir hormônios.
A placenta é o único local de transporte de substâncias entre o feto e a mãe
Inicialmente, a placenta é uma pequena massa células, tornando-se então um órgão bastante vascularizado que pode chegar a pesar de 600 a 650grs ao termo de sua existência. A placenta é o único local de transporte de substâncias entre o feto e a mãe, realizando o intercâmbio de nutrientes, gases e resíduos metabólicos, que podem ocorrer por transportes ativo difusão simples e facilitada, pinocitose e ultrafiltração. A placenta também tem a capacidade de sintetizar alguns nutrientes para servir de substrato para o desenvolvimento do feto, tais como glicogênio, colesterol, e ácidos graxos. Isto é mais comum de acontecer no início da gestação, quando a mãe esta inapetente ou enjoada e ingere menos alimentos. As transferências dos nutrientes dependem da concentração materna e do fluxo sanguíneo, que aumenta no decorrer da gestação.
Porém, a adequação nutricional das mães, assim como a adequação da circulação placentária, será determinante no desenvolvimento fetal. A placenta possui 60 conjuntos de enzimas próprias, além de produzir hormônios que mantém a gestação e preparam as mamas para lactação. Os hormônios desempenham papel fundamental na gestação. Todo o envio de nutriente não ocorrerá de forma adequada se mãe não puder ingerir, absorver, metabolizar, utilizar e transportar os nutrientes para o órgão, que se incumbirá de encaminhá-los ao feto. A transferência de nutrientes na placenta ocorre através de um processo complexo, sendo empregados os mesmos mecanismos utilizados para a absorção de nutrientes no trato gastrintestinal:
Difusão Simples:
Processo passivo no qual os nutrientes atravessam as membranas celulares, do meio mais concentrado (sangue materno) para o meio menos concentrado (sangue fetal) ate o equilíbrio atingido. Nutrientes absorvidos por esse mecanismo: oxigênio, gás carbônico, vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K),hidratos de carbono, ácidos graxos, água
Difusão Facilitada:
Mesmo mecanismo da simples, mas aqui apresenta velocidade mais rápida. Nutrientes absorvidos por esse mecanismo: Glicídios
Transporte Ativo
Realizado por um transportador de membrana e exige energia metabólica para movimentar um nutriente contra um gradiente eletroquímico
Nutrientes absorvidos por esse mecanismo: Aminoácidos, ferro, cálcio, iodo, fosfato e vitaminas hidrossolúveis.
As Gestantes representam um grupo com muitas particularidades na composição de sua dieta. Portanto, as necessidades nutricionais para mulheres adultas e gestantes se diferem. As necessidades dos micronutrientes, cálcio, fósforo, vitamina D e vitamina E para gestantes e mulheres adultas permanecem com os mesmos valores.
O estado nutricional da gestante influi diretamente na saúde crescimento e desenvolvimento adequado do feto. Portanto a avaliação nutricional e o monitoramento do ganho ponderal da gestante são considerados cuidados essenciais.
O estado nutricional da gestante influi diretamente na saúde, crescimento e desenvolvimento adequado do feto. Portanto a avaliação nutricional e o monitoramento do ganho ponderal da gestante são considerados cuidados essenciais.
Veja a tabela:
Já as Vitaminas: do complexo B, Tiamina, Riboflavina, Vitamina B6, Niacina, e Cobalamina (B12), têm suas necessidades aumentadas entre 30 e 40%.Este aumento é justificado pela maior ingestão de energia e proteínas, uma vez que estas vitaminas atuam como co-fatores no metabolismo dos macro nutrientes
As necessidades de folato, ferro, zinco, iodo, selênio, vitamina A e vitamina C Para propiciar o desenvolvimento e desfecho gestacional com sucesso para o binômio materno-fetal.
Necessidades e Recomendações Nutricionais para Gestantes
A alimentação, reconhecidamente, tem papel relevante para a saúde dos indivíduos, principalmente nessa etapa da vida caracterizadas pelo aumento da demanda de energia e de nutrientes.
Exigências Energéticas na gestação
Durante a gestação as exigências energéticas são aumentadas.Os fatores que influenciam os requerimentos são energéticos:- o aumento da taxa metabólica basal – os ajustes fisiológicos maternos- e a atividade física maternaVitaminas e Minerais.
Proteínas
As proteínas dietéticas estão envolvidas na síntese das proteínas teciduais e em outras funções metabólicas especiais. Elas fornecem aminoácidos essenciais para a construção e manutenção epitelial e fornecem 4 Kcal por grama de peso corpóreo. As proteínas são capazes de se combinar com substancias ácidas e básicas, assim contribuindo para o equilíbrio ácido-base do sangue e tecido do feto. Durante a gestação, a necessidade de proteína total para uma mulher ganhando 12,5 kg e gerando um bebe de 3, 3kg, tem sido estimada em 925g ou 3,3g/dia, durante as 40 semanas gestacionais. Assim a OMS estima que necessidade de proteína deva ser aumentada por média de 6grama por dia durante toda gestação.
Alimentos ricos em proteínas
De origem animal: carne bovina, aves, peixes, ovos, leite e derivados. De origem vegetal: leguminosas (feijões, soja, amendoim, ervilha, lentilha). Recomendações: primeiro trimestre adicionar 1,2 g por dia, segundo trimestre adicionar 6,1 g por dia e no terceiro 10,7 g diárias. Assim a OMS estima que necessidade de proteína deva ser aumentada por média de 6g/dia durante toda gestação.
Vitaminas e Minerais
Para grande parte dos nutrientes, as necessidades de gestantes encontram-se aumentadas se comparadas as de mulheres não grávidas. Os valores de ingestão recomendados correspondem ao IDR (Ingestão Dietética de Referencia, propostas pelo Instituteof Medicine consideradas um novo avanço da nutrição).
Cálcio
Durante a gestação, aproximadamente 25 a 30g de Ca são transferidas para o feto, principalmente no 3º trimestre. Sua deficiência pode afetar o resultado gestacional, com prejuízo no crescimento e desenvolvimento fetal, afetar a pressão sanguínea e propiciar contrações uterinas prematuras e consequentemente parto prematuro. Cálcio adicional na dieta tem como objetivo proteger a mineralização óssea, assim como prevenir intercorrências como hipertensão arterial e pré-eclâmpsia. Este mineral está envolvido na formação de ossos e dentes do bebê.
Alimentos ricos em cálcio
Leite e derivados, vegetais como couve, agrião, mostarda e brócolis, sardinha em lata, alguns tipos de feijão, produtos à base de soja como tofu e alimentos fortificados.
Fósforo
Mineral essencial ao lado do Ca,encontrado em grande proporção nos ossos e dentes (85%). O restante exerce funções metabólicas nas células e no fluido extracelular, é fonte energética para o organismo, e esta envolvidos em reações de fosforilização-desfosforilação para desativação/ativação de enzimas.
Alimentos ricos em Fósforo
Carne bovina, peixe, ovos, leite e derivados, nozes e leguminosas, cereais e grãos.
Ferro
Durante a gestação a mulher precisa de Fe para repor suas perdas basais, para a expansão da massa de hemácias e suprir as necessidades para o crescimento do feto e da placenta. É possível obter as quantidades necessárias a partir de uma alimentação bem equilibrada. Para garantir que a quantidade certa esteja sendo ingerida, e, assim, prevenir malformações, pode-se recomendar suplementação. O feto armazena cerca de 290mg de Fe, e a placenta 25mg, excluindo-se o Fe presente no sangue. Supondo que a perda basal durante a gestação 0,8mg/dia ou 220mg totais o total de ferro requerido durante a gravidez é de 1000 mg aproximadamente Faz parte da hemoglobina, substância dos glóbulos vermelhos responsável por transportar oxigênio para todo o corpo.
Alimentos ricos em ferro
Carnes, aves, peixes e fígado têm um tipo de ferro que é muito bem absorvido. As leguminosas, como feijão, lentilha e grão-de-bico, e as folhas verde-escuras, como espinafre e couve, contêm outro tipo, mais difícil de ser absorvido. Para ajudar a absorção deste ferro, consuma junto alimentos ricos em vitamina C, como frutas e sucos de laranja, limão, goiaba, acerola, caju, maracujá.
Recomendações
As necessidades de Fe dificilmente são atingidas somente através da alimentação. Por isso recomenda-se a suplementação do nutriente.
Gestantes sem anemia:
1 drágea de sulfato ferroso/dia(300mg ou o equivalente a 60mg de ferro elementar 30 min. antes das refeições
Gestantes anêmicas:
3 drágeas de sulfato ferroso/dia(900mg ou o equivalente a 180mg de ferro elementar.
Iodo
É um elemento essencial para a síntese dos hormônios tireoidianos T3, T4 e TSH68 e,o aumento de seu consumo é necessário para a garantia do eurotireoidismo na gestação, já que durante este período fisiológico ocorrem elevadas perdas renais deste micronutriente Recomendações: 220μg/dia3 A deficiência fetal de I é o resultado da deficiência materna, associando-se a uma maior incidência de natimortos, abortos espontâneos e anormalidades congênitas. O cretinismo endêmico, a expressão mais comum da carência de I, é caracterizada por deficiência mental, surdo-mudismo , entre outras.
Alimentos ricos em Iodo
Frutos do mar, peixes de água salgada e de água doce, ovo, queijo, ricota, sal iodado
Zinco
É essencial na defesa imunológica, na cicatrização e a falta causa risco de mortalidade materno-fetal, aborto, malformações, baixo peso do bebê, prematuridade e trabalho de parto prolongado.
Alimentos ricos em Zinco
Carnes bovinas, frango, peixe, camarão, ostra, fígado, grãos integrais, cereais, legumes e tubérculos.
Cobre
Devido às funções bioquímicas é essencial nos mecanismos de defesa imunológica, para maturação dos leucócitos e hemácias, transporte e utilização de Fe entre outras.A gravidez melhora a retenção de Cu em aproximadamente 4% o que seria suficiente para o acumulo de Cu necessário para o feto e seus anexos
Alimentos ricos em Cobre
Ostras, fígado, rim, chocolate, nozes, leguminosas, cereais, frutas secas, aves e mariscos.
Magnésio
Apresenta propriedades anestésicas, cicatrizantes e anticonvulsivantes. Em estudos experimentais este mineral tem sido associado a malformação fetal, tanto na sua deficiência quanto no seu excesso. Estudos relatam que a carência dietética de Mg afeta a proporção taciclina e tromboxano na hipertensão gravídica e que a suplementação durante a gestação encontra-se associada a uma menor frequência de pré eclampsia e crescimento fetal retardado .
Alimentos ricos em Magnésio
Sementes, nozes, leguminosas, grãos de cereais, vegetais verdes escuros.
Selênio
É um antioxidante que está envolvido na regulação do uso celular de glicose e com a diminuição de resistência à insulina. Logo, se encontra em baixa concentração em mulheres que desenvolvem diabete gestacional.
Alimentos ricos em Selênio
Fígado, rins, frutos do mar. Cereais, cogumelos, alho. O conteúdo de Selênio depende do teor do solo utilizado na produção agrícola, fator este que determina o fluxo desse mineral para toda a cadeia alimentar.
Carboidratos
Os carboidratos fornecem as calorias adicionais que a gestante necessita. Os carboidratos, e não as gorduras, são necessários para o sistema nervoso e o cérebro em formação do bebê. Os carboidratos podem ser divididos em dois grupos: Açúcar: o ideal é usar pouca quantidade e evitar o excesso de doces, pois podem aumentar demais a ingestão calórica e favorecer o ganho de peso excessivo. Amido: que deve ser a base da alimentação diária
Alimentos ricos em carboidratos
Pães, cereais, arroz, massas, batata, frutas. Os alimentos ricos em açúcares, como doces e refrigerantes, também contêm carboidrato, mas são muito calóricos e pobres em vitaminas e minerais. Importante: se a quantidade ingerida for mais do que as calorias que é necessárias para o organismo e para a formação do feto, esse excedente será transformado em tecido gorduroso para a mãe, provocando o ganho de peso excessivo.
Ácido fólico
É fundamental no primeiro trimestre da gravidez, pois participa da formação do sistema nervoso do feto e sua deficiência pode provocar malformações.
Alimentos ricos em ácido fólico
Folhas verdes como espinafre e brócolis, fígado, laranja,tomate,milho, batata-doce e abóbora, alimentos integrais e legumes.
Recomendações
Durante a gestação, é muito importante que a mulher atinja a quantidade diária necessária de ácido fólico – 400µg -, fornecendo quantidades suficientes para auxiliar no crescimento do feto, especialmente na fase inicial da gestação, onde ocorre a maior divisão celular.
Lipídios
São essenciais para a formação de tecidos e hormônios. Formação de estruturas útero placentárias. No desenvolvimento de sistema nervoso central do feto e da retina da criança desde sua vida intra-uterina, relacionando-se, então, com sua capacidade de aprendizagem e acuidade visual
Alimentos ricos lipídeos
Lipídios mais saudáveis são de origem vegetal, como margarina light, os óleos de milho, girassol e soja, e o azeite de oliva. Importante: os lipídios de origem animal contêm muita gordura saturada e colesterol. Deve-se evitar o uso excessivo de manteiga, creme de leite, maionese, frituras, pele de frango, carnes gordas, toucinho, bacon, linguiça, frios (salame, mortadela, presunto).
Vitaminas
Vitamina A
É importante para o crescimento e para a formação dos olhos. Suas fontes são as frutas e legumes de cor amarela e laranja, além dos vegetais de folhas verdes- escuras.
Vitamina B1
Responsável pela produção de energia, também auxilia no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Importante na formação do cérebro. É encontrada em carnes magras, fígado, coração, gema de ovo, castanhas, ervilha, soja, feijão-branco, lentilha e pão integral.
Vitamina B2
É importante para a formação do tecido muscular e do feto como um todo. Presente no leite e seus derivados, fígado, vegetais com folhas verdes, cereais e pães integrais.
Vitamina B6
Ajuda a desenvolver o sistema nervoso central. A suplementação de Vit B6 durante a gestação esta associada com a melhora do índice de Apgar (índice de vitalidade do recém-nascido) É encontrada em carnes, ovos, vegetais com folhas verdes, cereais integrais.
Vitamina B12
Ajuda na formação do sangue. A deficiência causa anemia e alterações neurológicas. Principais fontes são fígado, ovos, carnes brancas, leite e derivados.
Vitamina C
Combate infecções age no sistema imunológico e na reparação celular. A deficiência provoca várias doenças e causa risco de aborto É encontrada nas frutas cítricas, como laranja, limão, acerola e morango. Está presente nas folhas de vegetais crus, brócolis, repolho.
Vitamina K
Tem papel muito importante na coagulação do sangue. Portanto, sua falta pode causar hemorragias. A vitamina K tem como principal função ser coagulante e anti-hemorrágica. Participa na formação de certos fatores de coagulação no fígado. Sua carência pode aumentar o tempo de coagulação e diminuir a produção dos fatores de coagulação o que é perigoso por exemplo num paciente que irá fazer uma cirurgia, pois não haverá a coagulação ocorrendo uma hemorragia. Os recém-nascidos podem desenvolver uma hemorragia típica, chamada “doença hemorrágica do recém-nascido”, que pode ser provocada por: fornecimento insuficiente de vitamina K pelo organismo da mãe, o que acarreta reservas insuficientes no organismo do bebê; flora intestinal reduzida e, consequentemente, produção insuficiente de vitamina K; fígado imaturo para a síntese de protrombina (componente da coagulação sanguínea). Os sintomas da deficiência de vitamina K no recém-nascido são sangramento no trato gastrintestinal, ocasionando presença de sangue nas fezes, sangramento na mucosa nasal e no umbigo.
Alimentos ricos em vitamina K
Fígado, vegetais de folhas verdes (espinafre, couve-flor, repolho), leite, tomate, arroz integral, ervilha, óleos vegetais, sementes de soja, chá verde, gema de ovo, aveia, trigo integral, batatas, aspargos, manteiga, queijo, carne de vaca e de porco, presunto, cenouras e milho .
Vitamina D
Auxilia na formação dos ossos do bebê e aumenta a absorção de cálcio e fósforo. A falta no organismo pode provocar bebês de baixo peso ou raquitismo. As principais fontes são óleo de fígado de peixe, e peixes em geral.
Folato
A deficiência de folato na gestação está associada com a anemia megaloblástica no feto, causada pela produção anormal de hemácias. As baixas concentrações de folato na dieta e na corrente sanguínea estão associadas ao aumento de risco de partos prematuros, baixo peso ao nascer e retardo de crescimento. As fontes mais ricas de folatos são legumes e hortaliças de cor verde, como o espinafre ou alface, e os frutos secos, nozes, caju, amêndoa, amendoim e outros. Já o leite e derivados, carnes e peixes são muito pobres em folatos.
Ômega-3
Importante para o desenvolvimento cerebral e para a formação da retina. Encontrada em peixes de carne escura como salmão, atum, truta, sardinha e tilápia, castanhas e nozes, sementes de salvia, semente de linhaça, vegetais de folhas verdes escuro.
A água é um elemento fundamental na gravidez
A água promove uma boa circulação sanguínea, principalmente para o útero e para a placenta, melhorando as condições nutricionais da criança
A água deve ser ingerida com maior abundância quando a mulher encontra-se gestando. Importantíssima para a saúde da mãe e do bebê, a água diminui os riscos de infecção urinária, elimina as toxinas, regula a temperatura corporal, regula o funcionamento do intestino, ajuda na lubrificação das células, ajuda na prevenção da retenção de sal e líquido no organismo (inchaço). Além de tudo isso, a água promove uma boa circulação sanguínea, principalmente para o útero e para a placenta, melhorando as condições nutricionais da criança. Recomendação: Ingerir cerca de dois litros de água por dia. Sucos de fruta, mas preferência aos sumos naturais feitos em casa, pois os que normalmente se compra, um quarto do pacote são compostos por bastante açúcar.