A intolerância alimentar e o câncer

Nos dias atuais, o câncer é um problema de saúde publica mundial.

A perda de peso e de músculo é uma condição comum em pacientes oncológicos e isso afeta a resposta ao tratamento e a sobrevida do paciente, diminuindo a sua capacidade funciona e podendo chegar a um estado grave de desnutrição energética-proteica.

O grau extremo de enfraquecimento do organismo, chamado estado de caquexia,  se não for diagnosticado, prevenido e controlado, acaba por alterar o metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras do corpo. Esta desnutrição ainda é agravada pela ocorrência de intolerâncias alimentares, como por exemplo, a lactose.

Intolerância à lactose significa que o organismo não consegue digerir ou absorver o açúcar existente no leite, chamado lactose. Essa intolerância pode ocorrer após tratamento com certos antibióticos, a quimioterapia com a radiação no estômago ou com qualquer tratamento que afete o tubo digestivo. Isto porque, a parte do intestino que decompõe a lactose, pode ter deixado de funcionar devidamente, durante o tratamento. Por isso, é importante um bom acompanhamento nutricional, ao se submeter aos tratamentos oncológicos.

Em algumas pessoas, os sintomas (gases, cólicas, diarreia) desaparecem em algumas semanas ou em alguns meses depois do término do tratamento, quando o intestino se regenera. Para outras, pode ser necessária uma mudança permanente nos hábitos alimentares.

Se o leite é uma das principais fontes de proteínas do seu regime alimentar, será necessário passar a obter essas proteínas de outros alimentos. Existem leites sem lactose ou leites vegetais como o de arroz, amêndoas, aveia e podem ser utilizados no seu dia a dia.

 

Eliane Petean Arena

Nutricionista – CRN 3267

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