Intolerância alimentar após cirurgia Bariátrica

Organização Mundial da Saúde estima que 1,7 milhões de pessoas apresentam sobrepeso e obesidade em todo o mundo. E com esse panorama alarmante, muita gente tem procurado na cirurgia de redução do estômago, uma solução definitiva para o problema.

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A chamada cirurgia bariátrica é um processo de redução considerável na ingestão alimentar que resulta numa perda significativa do peso. Porém, já se sabe que existe uma forte relação entre a intolerância alimentar e o pós-operatório desse tipo de cirurgia.

Realmente, existem alguns alimentos que causam desconforto nestes pacientes e os mecanismos envolvidos nestas intolerâncias podem conduzir a uma carência nutricional ou até comprometer a qualidade da perda de peso, interferindo no estado nutricional e na qualidade de vida e saúde do paciente.

Portadores de intolerância alimentar tendem a uma perda maior do excesso de peso e isso decorre, justamente, da existência dessas intolerâncias que causam sintomas indesejáveis como náuseas, vômitos e síndrome de dumping.

A deficiência de ferro, vitamina B12, folato, cálcio, vitamina D, vitamina A, vitamina E, zinco e cobre são comuns após a cirurgia bariátrica. As deficiências nutricionais pós-operatórias podem ser prevenidas com um acompanhamento médico e nutricional adequados. Um cardápio estrategicamente elaborado para esse tipo de paciente ajudará evitar as complicações posteriores à cirurgia, infecção da ferida e estenose/ulceração gástrica (má absorção de vitaminas), náuseas e vômitos (deficiência na produção de enzimas), deiscência de sutura (deficiência de proteína), diarréia (intolerância alimentar) e anemia (deficiência de ferro).

As deficiências observadas podem levar a uma possível associação positiva entre a intolerância alimentar e a perda de peso e isso é um processo complexo que impacta na desnutrição celular.

Para os melhores resultados e a melhor qualidade de vida do paciente da cirurgia bariátrica, as intolerâncias alimentares e as deficiências nutricionais devem ser diagnosticadas e corrigidas, o quanto antes.

 

ELIANE PETEAN ARENA

Nutricionista

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