O corpo humano é pluricelular, ou seja, ele é formado por uma quantidade enorme de células, que são elementos estruturais e funcionais fundamentais para o seu funcionamento.
Um organismo adulto possui, em média, 10 trilhões de células que trabalham de maneira integrada e cada espécie celular possui uma função específica, a saber: nutrição, proteção, produção de energia e reprodução.
A célula típica é composta das seguintes partes:
- Núcleo celular, envolvido pela membrana nuclear, contém o material genético das células (DNA);
- Citoplasma, conteúdo celular no qual cada organela possui uma função vital;
- Hialoplasma, substância fluida e viscosa, região chamada citosol e de uma espécie de esqueleto que dá forma e sustenta as organelas, citoesqueleto;
- Membrana plasmática, estutura fina e flexível que envolve o citoplasma, com permeabilidade seletiva para regular a passagem e a troca de substâncias entre as células e o meio orgânico;
- Organelas celulares, que são como pequenos órgãos em que cada qual possui uma função específica, tais como respiração, nutrição e excreção das células. As organelas são as mitocôndrias, o reticulo endoplasmático, o complexo de golgi, os lisossomos, os peroxissomos, os centríolos e os vacúolos. Os ribossomos não são considerados organelas, pois não possuem membranas.
Agora que relembramos a complexidade de uma simples célula, temos que saber que cada uma delas pode se intoxicar.
Quando as células estão intoxicadas, muitos sintomas podem ocorrer no organismo e se esse quadro não for solucionado, doenças graves podem se manifestar.
E quais são os efeitos da intoxicação celular?
Dependendo do tipo de célula intoxicada, os sintomas podem variar.
No sistema respiratório, ocorre irritação com danos nas mucosas nasais, laringe e brônquios. Exposições prolongadas a esse tipo de intoxicação podem provocar perfuração do septo nasal e rouquidão característica e, a longo prazo, insuficiência pulmonar, traqueobronquite e tosse crônica.
Quando a intoxicação celular afeta o sistema cardiovascular, são observadas lesões vasculares periféricas e alterações no eletrocardiograma.
No sistema nervoso, as alterações observadas são sensoriais e polineuropatias e no sistema hematopoiético, observa-se leucopenia, efeitos cutâneos e hepáticos.
A nutrição celular observa todos os tipos de intoxicação nas células do organismo e uma das primeiras medidas, antes mesmo de iniciar uma dieta, é desintoxicar o corpo que vem sofrendo desses males.
As terapias de desintoxicação celular
As terapias de desintoxicação das células são elaboradas conforme o órgão ou tecido celular afetado e após um amplo diagnóstico.
Para a desintoxicação do intestino, o primeiro objetivo da terapia é renovar a correta permeabilidade do intestino, pois isso é primordial para a saúde e o bem-estar nutricional do indivíduo. Após a ingestão dos alimentos, os nutrientes precisam ser absorvidos através das vilosidades que recobrem a parede do intestinal.
Além disso, o intestino também é um importante sistema de eliminação de toxinas que protege o fígado e as células de contaminações tóxicas. Na obstipação, os alimentos ficam acumulados ao longo do canal intestinal, levando ao acumulo de proteínas putrefeitas, gorduras rançosas e carboidratos fermentados. Esta mistura tóxica estimula o crescimento de microorganismos patogênicos, ocorrendo a chamada disbiose, que é o desequilíbrio perigoso da flora intestinal.
Limpar o intestino destas toxinas nocivas e restaurar a membrana intestinal é fundamental e esse é o trabalho da terapia de desintoxicação nesse sistema do corpo. O uso de alimentos funcionais vai contribuir com esse detox.
Nesse cardápio são utilizados: aveia, biomassa da banana verde, simbióticos, sucos detox e alimentos com fibras.
O fígado, rins e o sistema linfático são órgãos de filtração do corpo. As toxinas que escapam pelo fígado são eliminadas pelos rins, se escaparem dos rins, passam pelo sistema linfático para, depois, serem eliminados através da pele. Por isso, quando inicia o processo de desintoxicação algumas pessoas apresentam erupções cutâneas. A terapia de limpeza do fígado elimina os cálculos intra-hepáticos que bloqueiam os ductos biliares, alem de milhares de toxinas que prejudicam o funcionamento do organismo.
A respiração adequada aumenta a oxigenação celular e a liberação de gás carbônico, assim como alcaliniza o ph sanguíneo. A melhora da respiração pode ser obtida através de exercícios físicos, exercícios respiratórios e práticas de relaxamento.
A circulação acaba ficando comprometida pelo estilo de vida sedentário. O açúcar, as farinhas brancas e outros alimentos industrializados fermentam e se transformam em substratos para o crescimento de bactérias, fungos, parasitas, vírus e outros microorganismos patogênicos. Para manter a circulação saudável, devemos utilizar alguns fitoterápicos, tais como ginko biloba, castanha da índia, centella asiática, erva de santa maria, gengibre, alho, cebola, chá de cavalinha e alecrim.
E, finalmente, a terapia de desintoxicação corporal visa a eliminação de metais pesados, que são mercúrio e amalgamas de seus dentes, dos peixes e frutos do mar contaminados, além dos cosméticos e produtos de higiene pessoal. Todos estes metais acumulam-se no cérebro, atingindo também o sistema nervoso. È importante a eliminação destes metais através da clorela, uma alga de água doce, que desintoxica o mercúrio e chumbo, além do orégano, que desintoxica os metais em geral.
O que leva você a ficar doente, além de atrair uma cascata de problemas é mais profundo do que você imagina. Quando o sistema celular do corpo está intoxicado, de nada adianta tentar repor nutrientes sem antes restaurar a função original das células.
Eliane Petean Arena
Nutricionista – CRN 3267
Gostou deste artigo?
Clique aqui e confira outros artigos nutricionais para cuidar de sua saúde! Não se esqueça de curtir nossa página no facebook para ficar por dentro de todas as novidades do Centro Nutrição Celular!