Você já ouviu falar em frutosemia?

A frutose é o “açúcar das frutas”, sendo encontrada também nos vegetais, cereais e mel.

A Frutosemia é a Intolerância à Frutose, uma doença rara, autossômica, recessiva, um distúrbio digestivo em que a absorção da frutose é prejudicada por defeitos nos transportadores desse açúcar, presentes no intestino, o que resulta num acúmulo de frutose no fígado, rim e intestino delgado.

Algumas pessoas são extremamente sensíveis à frutose, enquanto outras, também sensíveis, podem consumir quantidades moderadas. Esse é um distúrbio digestivo em que a absorção da frutose é prejudicada por defeitos nos transportadores desse açúcar, presentes no intestino, o que resulta num aumento de concentração em todo

Nos últimos anos, especialmente em países desenvolvidos, o consumo da frutose tem aumentado acentuadamente em virtude do seu emprego como adoçante em produtos industrializados. Porém, o uso excessivo de frutose não é isento de efeitos adversos, representados pelo aumento de triglicerídios e de colesterol no sangue.

O conhecimento dos níveis sanguíneos normais é importante, tanto para estabelecer a quantidade segura de frutose a ser administrada, como para permitir avaliar doenças metabólicas associadas a este açúcar.

A intolerância a frutose por ser uma doença genética. Ela pode se manifestar nos bebês, logo que o nutriente é introduzido na sua alimentação, normalmente por volta do sexto mês.

A frutose pode ser encontrada como rafinose, que é um trissacarídio e também como estaquiose, que é um tetrassacarídio, em algumas leguminosas como a soja, lentilha, ervilha e feijão. Quando ocorre a chamada “frutosemia”, essas formas de frutose não são absorvidas pelo intestino humano, sendo fermentadas pelas bactérias no intestino grosso, gerando gases que acompanham a digestão dessas leguminosas.

A intolerância a frutose por ser uma doença genética. Ela pode se manifestar nos bebês, logo que o nutriente é introduzido na sua alimentação, normalmente por volta do sexto mês. Entre os sintomas da frutosemia, os principais são náuseas, vômitos, hipoglicemia, agitação, palidez, sudorese, tremores, letargia após ingestão de frutas, mel e de alguns tipos de vegetais, ou qualquer composto que contenha a frutose em sua composição.

O não reconhecimento da doença e, consequentemente, a ingestão destes alimentos na presença da intolerância pode levar a sérios danos no fígado e rins, podendo evoluir para apatia, crises convulsivas, coma e morte, caso o diagnóstico seja tardio.

Fazer o diagnóstico pode não ser tão simples, pois não se trata, somente, de retirar este açúcar da dieta e ver se os sintomas melhoram. A investigação diagnóstica inclui a pesquisa de frutose na urina, além de verificação da dosagem de fosfato inorgânico sérico e de glicemia, após a ingestão de substâncias contendo frutose.

O teste de tolerância à frutose pode ser realizado através da infusão intravenosa de frutose, que provocará hipoglicemia, queda acentuada e prolongada no fosfato inorgânico plasmático, alterações urinárias com aumento do PH urinário e excreção de fosfato. Essas alterações são reversíveis após o teste. A biópsia hepática para a determinação da atividade da aldolase é a etapa seguinte da investigação diagnóstica.

O tratamento consiste na introdução da dieta sem frutose, da mesma forma que as pessoas com Doença Celíaca. E esse procedimento deve ser adotado para o resto da vida. Além disso, a dieta deve ser suplementada com vitamina C, pois muitos alimentos que a contém serão eliminados por conter frutose e sacarose.

 

Eliane Petean Arena

Nutricionista

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