Nutricionista bauruense lança nova metodologia para descobrir e tratar intolerâncias alimentares
Você já percebeu como é comum alguém dizer que é intolerante a algum tipo de alimento?
Nos dias atuais, estima-se que cerca de 45% da população sofra com algum tipo de intolerância alimentar, uma condição que traz diversas consequências desagradáveis para o funcionamento do organismo.
Hoje em dia, a intolerância tornou-se um tema acessível e presente constantemente na mídia, mas mesmo assim, grande parte das pessoas que sofrem com esse problema, nem sequer chega a um diagnóstico pela dificuldade de identificação do elemento agressor.
Descobrir a gênese da intolerância, com a indicação do ingrediente “rejeitado” pelo corpo é condição fundamental para a melhoria da saúde, o controle do peso e principalmente, para a qualidade de vida dos pacientes, incluindo aí o bom humor e a disposição física.
Mas afinal, o que é essa condição que afeta tanta gente e como isso acontece?
A intolerância Alimentar é uma reação espontânea do organismo que interpreta como agressores, determinados alimentos (proteínas), passando a gerar uma série de sintomas desagradáveis para o indivíduo.
Como já dizia o filósofo romano Lucretius, 55 DC: “O que é alimento para alguns, pode ser veneno para outros.”
O problema todo ocorre quando o organismo não produz certas enzimas capazes de absorver os açucares de determinados alimentos, que são ingeridos. Sem essas enzimas, os açucares não são absorvidos durante o processo digestivo, se acumulando no estômago e no intestino, provocando inflamações.
Com esse acúmulo pernicioso, além de inflamada, a mucosa intestinal tem sua permeabilidade aumentada e esses alimentos acabam atravessando suas paredes e caindo diretamente na circulação sanguínea. É nesse ponto que o sistema imunológico do corpo é afetado e passa a reconhecer esses elementos como estranhos e agressores, passando a combate-los e causando processos inflamatórios em vários órgãos e tecidos e originando até 150 sintomas diferentes.
Por isso é que as reclamações são tão variadas e como os alimentos são, em princípio, indefesos, é tão difícil chegar a um diagnóstico claro e decisivo.
muitas pessoas sofrem com dificuldades para emagrecer ou ganhar massa corporal e a intolerância, certamente é uma questão que está por trás desse problema do estacionamento de peso.
Já se sabe que as principais substâncias que podem provocam intolerância nos seres humanossão: a lactose, o glúten, os crustáceos, carboidratos complexos vegetais, o chocolate e os alimentos com conservantes e corantes em geral. Para piorar ainda mais a situação, o método de industrialização alimentar, que veio evoluindo junto com a civilização, tem sido bastante agressivo para o organismo, uma vez que os aditivos acrescentados nos alimentos para conservação, transporte, melhoria do sabor e da aparência, são considerados elementos tóxicos para o metabolismo orgânico que não nasce preparado para digerir químicas artificiais.
Dependendo do tipo e do grau de intolerância, o corpo reage de uma forma específica, mas sempre trazendo uma série de desconfortos cotidianos para quem sofre com o problema.
A variedade é grande, mas alguns dos sintomas associados a intolerâncias alimentares, são: a dificuldade de perder peso, a fadiga constante, a falta de energia permanente, a constipação intestinal, dores de cabeça, envelhecimento precoce, inchaço do abdômen, flatulência, edemas, dores de cabeça, irritabilidade e mau humor, debilidade do sistema imunitário, problemas de pele, entre outros.
A intolerância aos alimentos pode afetar adultos e crianças, desde a mais tenra idade. Ela também pode se manifestar repentinamente na vida de uma pessoa que, de uma hora para a outra, passa a ser intolerante a algum ingrediente que antes era inofensivo.
O maior problema é que geralmente não temos esse pré-conhecimento e passamos a conviver, durante muito tempo, com os processos inflamatórios da intolerância, sem retirar o alimento agressor da nossa dieta. Para dificultar o diagnóstico, há sintomas que só aparecem 30 horas após a ingestão de determinado alimento.
No Brasil, a intolerância alimentar é tratada apenas com análise de sintomas e teste de reações com a retirada de alimentos da dieta. Esse é um mecanismo de avaliação que pode durar muito tempo, levando os pacientes a sofrerem com a longa investigação alimentar. Algumas pessoas até desistem da investigação.
Para ajudar nessa questão crescente, a nutricionista do Centro Nutrição Celular, Eliane Petean Arena, se concentrou na realização de estudos, pesquisas e aprimoramento profissional, visando implantar novas metodologias rápidas e eficientes para identificação das intolerâncias alimentares.
Segundo Eliane, “muitas pessoas sofrem com dificuldades para emagrecer ou ganhar massa corporal e a intolerância, certamente é uma questão que está por trás desse problema do estacionamento de peso. Além disso, minha grande preocupação sempre foi a criação de bons hábitos alimentares e equilíbrio corporal, mas é sempre muito difícil equilibrar o metabolismo e diminuir o peso de uma pessoa quando ela sofre com esse problema “invisível”; daí a minha preocupação em solucionar, de uma vez por todas a questão da intolerância.
Ainda, de acordo com a nutricionista do Centro Nutrição Celular, a dieta da civilização moderna, que consiste prioritariamente de alimentos industrializados, veio produzindo uma “era de intolerantes”, com um quadro crescente de organismos hipersensíveis e isso nós, nutricionistas, precisamos cuidar e resolver o quanto antes.”
Foi assim que nasceu o Programa Nutrintolerância, uma metodologia especialmente criada para desvendar, de forma rápida, fácil e indolor, a intolerância aos alimentos, corrigindo os problemas com conduta terapêutica nutricional associada a reeducação dos hábitos alimentares.